Criado em 1998 como uma ferramenta para orientar as unidades escolares, garantir a difusão das boas práticas e estabelecer procedimentos comuns, o Observatório Escolar foi, ao longo dos anos, sofrendo alterações de formato a fim de incorporar novas tecnologias e novas demandas institucionais, sem perder seus objetivos originais.
Afinal o que pode ser considerado hoje no Brasil como uma Escola Técnica de Qualidade? Esta á a pergunta que o Observatório se propõe a responder. Uma escola bem equipada em termos materiais, com laboratórios, equipamentos instalados? Sem dúvida este é dos critérios, mas além deles, a Escola Técnica de Qualidade deverá possuir um corpo docente comprometido e dedicado; articulação entre a equipe de gestão e a comunidade a fim de ofertar cursos adequados aos arranjos produtivos locais; estabelecimento de critérios claros para os procedimentos de promoção, advertências e desligamento dos diferentes atores que compõem a comunidade escolar; alto índice de alunos diplomados e, consequentemente baixo índice de desistência de alunos; inserção de profissional dos concluintes no mundo do trabalho.
Além desses fatores objetivos, em educação, existem outros que nunca poderão ser desconsiderados tais como: a ampliação do conceito de participação cidadã oferecido pelas escolas; a possibilidade do surgimento de lideranças comunitárias e /ou vinculadas às categorias profissionais; a possibilidade, rara no Brasil, de ter na escola pública, alunos de diferentes origens étnicas e sociais.
Como nenhum destes fatores pode ser desconsiderado na equação da Escola Técnica de Qualidade o Observatório Escolar tem como objetivo, para todas as unidades escolares, verificar as condições objetivas e evidenciáveis – uma escola limpa, bem conservada, segura, com equipamentos utilizáveis, com espaços adequados, abertos e acessíveis – aliadas a uma equipe presente e comprometida e uma comunidade atuante e participante neste cotidiano.
A tarefa, portanto, é encontrar unidades com as características acima e difundir suas práticas para que possam assim ser aproveitadas, adaptadas e utilizadas em outras de maneira que as condições ambientais interfiram de maneira positiva, tanto para os que estudam como para os trabalham, transformando a escola toda em uma comunidade aprendente de novas práticas, técnica e ideias.
Afinal, formamos alunos para um mundo que exige compromisso com atitudes melhores, desta forma, espera-se que aprendam e reproduzam esses conceitos em suas atividades profissionais e sociais, tornando-se multiplicadores de novas práticas, técnicas e ideias. Buscar o melhor e fazer com que a comunidade de alunos, gestores, docentes, melhore, sempre. Este é o papel da escola na contemporaneidade.